O objetivo é obter 4,720 bilhões de euros (15 bilhões de reais) para refugiados e deslocados em 2014
As Nações Unidas lançaram ontem um apelo angustiado à comunidade internacional para que contribua com fundos para financiar a ajuda humanitária na Síria ao longo de 2014. A previsão é de uma piora da crise, tanto para os 6,5 milhões de deslocados no país como para os quase 2,5 milhões de exilados em estados vizinhos. A ONU calcula precisar de pelo menos 4,720 bilhões de euros (15 bilhões de reais) para dar um atendimento mais ajustado às múltiplas carências do país. Nunca antes se tinha pedido tanto dinheiro para responder a um único conflito.
De Genebra, a coordenadora da ajuda de emergência da ONU, Valerie Amos, e o alto comissário para os refugiados, Antonio Guterres, explicaram que quase 35% desse fundo será dedicado a 9,3 milhões de beneficiários potenciais ainda residentes na Síria, que precisam da ajuda “de maneira crítica”. O resto será destinado a Líbano, Iraque, Jordânia, Turquia e Egito, países de acolhimento da diáspora, onde os sírios passam “extrema necessidade”. Há mais de cem entidades, entre agências oficiais das Nações Unidas, ONG locais e internacionais, esperando que chegue o dinheiro para prestar assistência à população.